segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Dinis e a escola

Como sabem o meu filho mais velho foi para o 1º ano em setembro. Foi para uma escola do estado, pois o dinheiro não chega para o por numa boa escola particular e de outra forma acho que não vale a pena, até porque existem professores muito bons também nas escolas estatais, penso que é tudo uma questão de sorte.

É uma emoção ter um filho já tão crescido, que vai para a escola aprender a ler e a escrever, entre outras coisas. O que me preocupa é que o meu filho lê melhor que muito adultos. Lê na perfeição qualquer coisa que lhe passe pelas mãos e os livros de eleição são os do Jerónimo Stillton, da bruxa Mimi (em versão pequena) e do João Pastel...

Mas isso é bom, dizem vocês. Pois, é bom e é mau. Preocupa-me que se desinteresse pela escola, que ache chato estar a aprender coisas que já sabe. Quando lhe perguntam o que ele já aprendeu alguma coisa ele diz que sim, coisas que já sabia...  Já falei com a professora acerca da hipótese de ele passar para o 2º ano mas existem algumas coisas que ele ainda tem de aprender tal como as letras manuscritas e principalmente as regras de estar na sala sossegado e atento. Já recebi 2 vezes recados da professora de musica a dizer que ele está desatento e a distrair os colegas... agora descobriu que os colegas se riem das coisas que ele diz, porque ele tem um raciocínio muito rápido e por isso consegue ter sempre algo para dizer e como tal gosta de ser engraçadinho...

Enfim, preocupações de mãe galinha, que quer muito que o filho se saia bem na vida e não ache a escola algo chato e sem graça, mas sim uma porta para o mundo, para aprender mais e melhor sobre o mundo que o rodeia.

Tenho medo que se desmotive, que ache uma seca estar a aprender o b a = ba quando sabe ler livros do Jeronimo Stillon e escrever (em letras de imprensa) otorrinolarinologista  :)   Será que a rebeldia se traduz numa falta de interessa na escola? Porque ele gosta da professora, está sempre a dizer isso e que gosta de brincar com os amigos que tem na sala (se calhar até demais...)

Não é fácil educar um filho, não é fácil escolher os caminhos certos... Às vezes penso que não o devia ter tirado da escola particular onde estava antes, que tinha a 1ª e a 2ª classe na mesma sala, assim ele podia ir aprendendo mais coisas novas mesmo estando na 1ª classe... Mas são escolhas que se fazem na vida, achei que se não tinha dinheiro para o colocar num bom colégio particular, se calhar estaria melhor no estado e assim tinha hipóteses de colocar o mano na mesma escola em breve.

Vamos ver o que me espera, sei que ele é um menino inteligente (até gostava de fazer um teste ao QI dele, só para saber...) e muito sedento de aprender mais e mais. Nada o para quando quer saber ou compreender algo, vai à net, procura em livros, pergunta e torna a perguntar até ficar satisfeito, tenho medo que ele considere que a escola não é um desafio à sua altura....


sábado, 22 de outubro de 2011

E hoje sou bebé!!!

 Era uma vez uma mamã e um papá que gostavam muito um do outro. Como tal queriam ter bebés mas os bebés não chegavam. Um dia aconteceu um milagre e depois de 10 anos de casamento cheguei eu! E faz hoje 42 anos, por volta das 18 horas, que tal aconteceu!!!! Pena que nenhum dos intervenientes principais, e intenda-se como a minha mãe e o meu pai, estejam presentes para comemorar tal data, confesso que é o que mais me custa sempre que faço mais um ano de vida...

Felizmente tenho lá em casa 2 pestinhas lindos que espero que me encham de beijos e mimos e isso para mim é o melhor do mundo!!!! E claro, tb adoro os mimos do meu pestinha mais velho, que está comigo quase todos os dias já à quase 16 anos...

Enfim, não vou fazer nada de especial que o tempo é de poupança e não estou com grande espírito para festas. Provavelmente irei jantar fora e mais nada de especial, pois para mim é uma bela prenda não ter de cozinhar e pensar o que fazer para comermos  :)

E prontos, esta sou eu!!!!



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Farta de pagar a crise!!!!

Hoje estou zangada, muito zangada! Por isso tinha de escrever este post hoje, não podia deixar passar a raiva que tenho dentro de mim acalmar...

Depois do que ouvi ontem ser dito pelo 1º ministro, só vos posso dizer que tenho vergonha de ser portuguesa, de ter nascido no mesmo pais de todos os idiotas que contribuíram para a crise e se encheram durante estes anos todos. Porque eu não fui de certeza! E não me venham com histórias que eu trabalho às quase 24 anos, paguei os meus impostos até ao ultimo cêntimo SEMPRE, nunca escondi dinheiro nenhum e tudo o que tenho foi conquistado por mim e pelo meu marido com o suor do nosso rosto.

Sou da função publica SIM!!! E por isso tenho de pagar a crise? Mais uma vez digo que trabalho às quase 24 anos, tenho um curso superior e levo para casa ao fim do mês 1.600€, é assim tanto dinheiro???? E agora tenho de pagar a crise para a qual outros contribuíram????  NÃO QUERO!!!!

Porque só a função publica tem de pagar? Como é que eu vou dizer aos meus filhos que no próximo ano não podem ir de férias mas os amigos deles cujos pais trabalham em empresas particulares podem ir porque vão ter subsídios de férias????? Quem lhes vai explicar isso???? Acreditem que vou pedir uma audiência ao 1º ministro e vou por a comunicação social ao barulho porque quero que expliquem não a mim mas aos meus filhos.... E previno já que eles são inteligentes!!!! Por isso espero que quando crescerem tirem um curso tercnico.profissional mas não um curso superior pois não vale a pena ou que vão para o estrangeiro pois aqui só se dá valor ao compadrio e aos amiguinhos do poleiro, pois quem tem valor é posto de parte se não tiver "padrinhos".

E não pensei que só estou a refilar por refilar, tenho toda a razão do mundo, ora vejam a minha história...

Comecei a trabalhar aos 18 anos pois éramos muito pobres porque o meu pai teve um AVC quando eu tinha 5 anos e ficou com uma reforma miserável, que RSI's não existam, se não tinhas dinheiro, azar!!!! Os meus padrinhos queriam pagar-me um curso superior mas eu optei por ir trabalhar para ajudar financeiramente em casa.

Tirei o meu curso superior à noite, à custa de muitos sacrifícios pois via os meus amigos irem para a praia e passear e eu ficava a queimar as pestanas. Achei que valia a pena, agora tenho grandes duvidas...

Apaixonei-me, casei, comprei uma casa para morar, quis filhos, tive dificuldade em engravidar, fiz tratamentos e tive o meu 1º filho ao fim de 8 anos. Adoptei o 2º ao fim de 8 anos de lista de espera na Segurança Social.
Trabalho na função publica de à uns anos para cá, desde que a Instituição onde trabalhava com contrato individual de trabalho foi fundida com outras instituições do estado.
Se acho que está tudo bem aqui?? Não, claro que não está.
Se se gasta dinheiro mal gasto? Sim, sem duvida, em coisas que não interessam a ninguém a não ser àqueles que se querem encher...
Se há pessoas na função publica que não fazem a ponta de um corno? Sim, há umas quantas que toda a gente sabe quem são mas não tem tomates para fazer nada.
E será que os emprestáveis a parasitas estão todos na função publica? Não, claro que não, existem em todo o lado, em todas as sociedades
Se existem pessoas trabalhadores e boas funcionárias na função publica? Sem duvida nenhuma! Tantas, muitas, imensas que contribuem para que a nossa sociedade e para o nosso bem estar... Já pensaram o que seria do nosso pais que não existissem os trabalhadores da função publica? Quem nos ia socorrer nos hospitais, que iria apanhar o lixo que existe nas ruas e tantas coisas mais que não interessa colocar aqui???

Todos nós temos uma história sobre aquela repartição de Finanças onde fomos e nos trataram mal ou nos fizeram esperar uma eternidade, mas e histórias positivas ninguém tem? Não há pessoas bondosas que nos ajudam a tratar dos assuntos que necessitamos, que nos informam do que queremos saber??? Desafio-vos a partilharem uma experiência positiva com trabalhadores da função publica?

E nas empresas particulares, são todos espetaculares, fantásticos, queridos e simpáticos? Há de tudo, sem duvida! Eu podia contar aqui histórias de experiência com entidades particulares que são muito pouco simpáticas, de lojas e restaurantes em que fui quase tratada a pontapé... 

Ok, então penso que estamos todos de acordo, nem tudo o que é mau está na função publica, nem tudo o que é bom está no particular.

Mais uma coisa, acredito que todos nós conhecemos casos (eu pelo menos conheço casos reais, não estou aqui no diz que disse) em que as entidades patronais declaração apenas os salários mínimos mas depois pagam muito mais aos funcionários, em que as pessoas apenas passam os recibos verdes necessários para atingirem os montantes mínimos ou que lhes interessam, em que se dizem "mães solteiras" quando os pais das crianças vivem lá em casa com elas mas tem morada fiscal noutro sitio e por isso recebem subsídios e ajudas de tudo o que é sitio, de pessoas que recebem subsídios de desemprego mas estão a trabalhar noutros sítios onde não lhes passam recibos, digam lá CONHECEM OU NÃO CONHECEM ESTAS HISTÓRIAS????

Eu como sou trabalhadora da função publica a minha entidade particular declara o meu salário e todos os subsídios que eventualmente me possam ser atribuídos, casei com o pai dos meus filhos e nunca me passou pela cabeça que ele pudesse morar fora de casa só para receber apoios, os únicos subsídios que recebi foi de licença de maternidade quando tive os meus filhos, em 23 anos de serviço apenas fiquei uma semana doente em casa de resto sempre trabalhei ranhosa e com febre.

Então depois de este testamento todo, expliquem-me como se eu fosse muito mas muito burra porque é que eu tenho de pagar a crise mais do que os outros???? Porque sou da função publica????? Porque não posso fugir aos impostos??? Porque quando preciso de alguma coisa nunca me dão, pois não tenho nem um reles abono te família nem seque um médico de família no centro de saúde do qual faço parte????

Sinto-me revoltada, triste, infeliz, sem ver uma luz ao fundo do tunel, receio por mim, pelos meus filhos, pela minha integridade mental e fisica também. Gostava de saber que mal fiz, se nunca roubei nem desviei nada a ninguém.

E não posso fazer nada, só ver a minha vida a desvanecer, a não conseguir avançar com a vida pela qual sempre lutei, apetece-me gritar, bater, partir, ralhar, mas não é dessa forma que se resolvem as coisas.

PS - Já agora acrescento que o meu marido também trabalha na função publica e por isso para o ano lá em casa não vai entrar nenhum subsidio nem de férias nem de natal....

PS2 - E se os anónimos que vem aqui deixar comentário se identificasse? Podiam ser Zé, António ou Maria mas gosto de chamar as pessoas pelos nomes... E já agora, contem a vossa história como deve ser, digam-me a vossa formação profissional e à quanto tempo trabalham (sim que eu também ganhava 50 contos quando comecei a trabalhar à 23 anos... Obrigada!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Passeio de fim de semana

Este fim de semana fomos numa excursão organizada pela associação da empresa onde trabalho. De vez em quando fazem uma e eu sempre que posso, vou com os meus 4 homens  :)

O destino desta vez era Fátima e no sábado de manhã lá fomos nós de camioneta até ao nosso destino.

Os meus filhotes adoram andar de camioneta e de ficar em hotéis, por isso para eles foi uma festa!

Deixamos a tralha no hotel e fomos até ao recinto de Fátima, onde tivemos uma visita guiada à nova basílica que tanta polémica tem causado. Confesso que a achei um pouco fria demais, por ser tão grande. Eu gosto das igrejas antigas, cheias de pequenos pormenores em tudo quanto é sitio para onde olhamos. Gostei do Cristo, não tem o ar sofredor habitual neste tipo de representação, pelo contrário, eu consigo vislumbrar um leve sorriso e sem duvida que ele andou a fazer exercício, pois está todo musculado...

O Dinis quis ir por uma velinha à Nossa Senhora e depois de mãos postas, diz que fez um pedido mas não me contou o que era, que se se realizasse voltava lá para por outra velinha... O engraçado é que estava vento e todas as velas se apagavam, sendo que as pessoas as atiravam lá para dentro, mas a dele ficou a brilhar no meu das outras todas apagadas, com muito orgulho!


Depois de um belo almoço, seguimos viagem para uma terra chamada Pia de Urso. Reza a história que um urso (provavelmente um Urso Ibérico) aproveitar uma das pias existentes no maciço rochoso desta região e aí beber água com frequência. Gostamos do sitio, com casas típicas feitas de pedra e uma percurso engraçado para fazer e interagir.


Jantar no hotel e infelizmente não fomos à procissão das velas porque estava um frio de rachar pedras e tive medo que algum dos meninos ficasse doente, ficará para outra oportunidade.

Os meninos adoraram dormir num hotel e foi difícil adormece-los mas teve de ser pois no dia seguinte não nos podíamos levantar muito tarde para continuarmos o passeio.

Nasceu o dia, toca a tomar o pequeno almoço e a seguir viagem. Próxima paragem: centro de interpretação da Batalha de Aljubarrota. Nunca lá tinha ido e achei engraçado saber como tudo aconteceu, através de um pequeno filme e explicações de um guia.


Finda esta visita fomos até às Grutas de Mira D'aire onde almoçamos um belo polvo à lagareiro e fizemos a visita da praxe. O Eduardo ao entrar nas grutas, exclamou espantado: "Eh lá, que grande monte de pedras!" :)

Depois lá voltamos para a camioneta e regressamos ao local de origem, felizes mas cansados, com mais um passeio cheio de animação e boa companhia.






Nome do meu baby mais velho

Nome do meu baby mais novo