Após a minha licença de maternidade por adoção o Eduardo foi para a mesma escola que o irmão. Mudei o Dinis de escola propositadamente para que eles pudessem ficar juntos, pois achava que isso podia facilitar a adaptação do mais novo à escola.
O ingresso na vida escolar quase com 2 anos não correu mal para o meu menino mais novo, que apenas ficou a chorar os 1ºs 15 dias, passando a ficar bem o resto do tempo e sem duvida sentindo-se seguro por ter o irmão por perto, embora em salas separadas, claro. Era num centro paroquial muito bom onde apenas os consegui colocar com um empurrãozinho do padre da zona (e acho que porque pagávamos o escalão máximo).
Esta situação manteve-se apenas um ano pois o Dinis terminou a pré e foi para o 1º ciclo, numa escola do estado. Essa escola também tem jardim de infância e desde sempre o Eduardo também lá era inscrito mas ficava sempre fora. O ano passado ficou em 118º lugar e este ano ficou em 38º. Por isso lá se manteve no centro paroquial, com os amiguinhos que conhece desde sempre e uma educadora excelente que adora e para ele é como se fizesse parte da família. Mas os 1ºs tempos andava sempre à procura do irmão, até finalmente ter percebido que ele já não estava na mesma escola que ele.
No inicio deste mês recebi um telefonema a dizer que tinha aberto uma sala de jardim de infância numa outra escola do mesmo agrupamento e se eu estaria interessada em que o meu menino fosse para lá. Disse que não, pois na realidade eu queria era que os 2 ficassem juntos de novo. Disseram-me que na escola onde andava o Dinis o recrutamento de crianças já tinha terminado e que com a abertura desta nova sala foi por um bocadinho que ele não entrava, pois só tinham ficado 3 crianças à frente dele mas que podiam manter a inscrição em aberto, não fosse haver desistências.
No dia 18 recebo um telefonema quando ia a caminho de casa a dizer que afinal tinham uma vaga para ele na escola do irmão! Até fiquei sem fala pois não estava à espera mas lá disse que sim... afinal se o tinha inscrito era porque o queria lá, só que nunca pensei que fosse agora... reunião logo marcada com a educadora, até podia entrar logo no dia seguinte!!!! Meu Deus, o mundo do Eduardo ia sofrer uma reviravolta...
Combinei então que ele entrava apenas dia 2 de novembro, para avisar na outra escola e ele poder despedir-se dos amigos e da educadora.
Quando contei à educadora ela ficou tão triste que quase chorava. Acho que no dia seguinte nem me falou como deve ser, de tão zangada que ficou... sempre a achei uma querida mas confesso que nunca tinha percebido que ela tinha uma paixão tão grande pelo meu filho a ponto de ficar de rastos por ele ir embora. Dai estarem a ser difíceis estes últimos dias, principalmente para mim. Custa-me deixa-lo lá ficar, ver o ar triste da educadora, sentir que aquele ambiente tão familiar vai deixar de o ser.
Quero acreditar que tudo vai correr bem, apesar de o Eduardo ser um menino de rotinas, que não gosta muito de mudanças, tem no entanto o irmão sempre por perto e acho que isso vai ajudar bastante. Se calhar é a mim que me custa mais, o Dinis mudou 4 vezes de escola e no ultimo dia eu nunca conseguia ir busca-lo, mandava sempre o meu marido para as despedidas, sou assim, um coração de manteiga. E ele sempre se adaptou super bem.
Mas uma coisa é certa, professora como a 1ª que o Dinis teve, nunca mais voltou a ter, sem desprimor pelas outras pelas mãos das quais tem passado e no caso do Eduardo parece-me bem que será igual, educadora como esta que ele tem agora, não me parece que encontre de novo. Sei que não vai ler mas obrigada Tita pelo carinho com que sempre tratou o meu menino.
(vejam fotos no meu outro blog Era uma vez umas fotos, o link está logo ali em cima)