Queria desde já agradecer a vossa preocupação com o meu menino, relacionada com o post anterior. Felizmente não voltou a vomitar, apesar de se ter queixado algumas vezes de dores de barriga, a situação não evoluiu mais. Tenho tentado fazer-lhe uma pequena dieta mas nada de muito rigoroso, sendo que a partir de amanhã, se continuar assim, voltará à sua dieta habitual. Não vos dei noticias antes por ter andado cheiinha de trabalho...
Lembrei-me então que faz hoje exactamente um ano que apanhei um susto enorme com ele. Quem acompanhava o meu blog anterior sabe o que se passou mas vou resumir para quem não conhece a história.
Íamos para fora e quando o fui buscar à escola nesse dia, ele queixou-se que lhe doía o pescoço. Tinha tido um lanche de fim de ano e andado a fazer muitas actividades, pelo que atribui esse mau estar a isso.
No carro foi-se queixando cada vez mais, sendo que ao chegar ao local de destino, cada vez chorava mais e estava mais incomodado. No final da noite acabei por ir com ele ao hospital.
Ele contou-me que tinha ido brincar para o recreio da escola, numa zona onde geralmente não o faz, porque a zona principal estava em obras. E que a namoradinha dele o tinha empurrado e ele tinha batido com o pescoço num cinzeiro. Achei que era pois um entorse, mas fomos aos hospital na mesma.
Chegamos à meia noite e saímos de lá por volta das 5 da manhã. Fez raio X e o médico receitou um relaxante muscular e ben-u-ron para as dores. Acreditam que nem lhe tocou? Só olhou para a radiografia e ouviu a história que contamos, pois ele já dormir.
Medicado dormiu sem se queixar mas durante o dia queixava-se e não endireitava o pescoço. Regressamos a casa no domingo e não nos divertimos nada durante o fim de semana.
Fui ao pediatra dele na 2ª feira, depois de ter falado com a escola e de eles terem tentado sacudir a água do capote. Que se calhar ele se tinha magoado sozinho...
O pediatra quando o viu deixou-em ainda mais assustada, pois ficou sem saber o que fazer, logo ele, um médico que foi chefe de pediatria de um hospital conhecido durante muitos anos. Disse que nem lhe ia mexer, pois o que tinha devia doer-lhe imenso e mandou-me ir ter com ele ao hospital onde trabalha na manhã do dia seguinte. O efeito do analgésico passou e ele chorou o caminho todo para casa, naquele choro de dor, que corta o coração.
Fomos aos hospital e ele estava um pouco melhor. Fez ecografia ao pescoço, foi visto por um especialista e por uma fisioterapeuta. Afinal não era tão grave como o pediatra pensava, porque ele teve medo que ele tivesse feito uma lesão no pescoço, necessitasse de ser operado e quem é operado raramente fica a 100% por ser uma zona com muitos tendões. Foi um alivio muito grande mas de qualquer maneira ele precisava de fazer fisioterapia, para corrigir a postura que entretanto adquiriu.
Estávamos numa altura de férias e no hospital não podiam fazer. Através de um conhecimento consegui que lha fizessem em Alcochete e 2 vezes por semana lá íamos nós.
Não gostei da atitude da escola, principalmente da auxiliar que com ele estava quando se magoou. Gostava da educadora, era óptima, mas a saúde do meu filho estava primeiro e acabei por o mudar de escola, uma mais cara e mais pequena, mas onde ele se tem estado a dar bem.
Foi um susto muito grande, vê-lo aflito, com dores, a chorar e com a perspectiva de ficar com problemas para o resto da vida. Foi um brincadeira de crianças mas pela falta de atenção dos adultos, poderia ter resultado muito mal. Felizmente não mas o Dinis nunca mais quis falar com a menina que o magoou, que até era uma das suas favoritas.
(aqui está a minha pulginha, cheia de estilo)
Beijocas e bom fim de semana